Boas Vindas

Olá seja bem vindo ao Blog da Pastoral da Comunicação. Aqui você irá encontrar muitas noticias do que está acontecendo na Arquidiocese Sant' Ana de Botucatu. Tenha uma boa navegação. E visite também o site da Arquidiocese de Sant'Ana de Botucatu: www.arquidiocesedebotucatu.com.br


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Início de 2012 marcado com ordenações

Por Pe. Rogério Zenateli

O sacramento da Ordem é, com o sacramento do Matrimônio, sacramento do serviço e da comunhão (CIC, Cap.III) e, “estão ordenados à salvação de outrem. Se contribuem também para a salvação pessoal, é através do serviço aos outros. Conferem uma missão particular na Igreja e servem para a edificação do Povo de Deus ” (CIC, 1534).

Assim o ministério sacerdotal, conferido pelo sacramento da Ordem, só serve para a salvação pessoal se antes for ao serviço da santificação (edificação) do Povo de Deus, na Igreja de nosso Senhor, Jesus Cristo.

O sacramento da Ordem de divide em três graus a saber: 

Primeiro Grau: o diaconato, presta o serviço da caridade; auxílio na Liturgia e serviço da Palavra de Deus. O primeiro grau da Ordem estabelece duas espécies de exercício de acordo com a pessoa que o recebe. 

Para o candidato ao sacerdócio estabelece-se o diaconato ministerial. Ou seja, aqueles que se preparam para receber o segundo grau da Ordem, o sacerdócio. São os seminaristas que depois de uma caminhada vocacional nos estudos de filosofia e teologia e, passado o período de estágios pastorais, decidem pela vida consagrada de forma especial vivendo o celibato e obediência ao bispo em prol do Reino de Deus. 

A segunda classe dos diáconos são os permanentes. São escolhidos entre os homens casados e aprovados pela comunidade em que vivem e a esposa mediante um chamado especial. Trata-se ainda de uma vocação e não um mérito, assim como todo chamado às Ordens sacras. 

Os diáconos estão subordinados ao bispo diocesano como colaboradores diretos e podendo ser designados no auxílio a algum padre e ou comunidade paroquial. 

Nossa arquidiocese irá ordenar um diácono ministerial no dia 03 de fevereiro de 2012 na Catedral Metropolitana de Botucatu às 19h30. Trata-se do seminarista Gustavo Viaro Correa, natural de Botucatu, e pertencente à Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Botucatu. Após uma formação de praticamente 10 anos, Gustavo vai dar os últimos passos para o grau do sacerdócio, o diaconato. O seu ministério será desenvolvido na Paróquia de Santa Bárbara em Águas de Santa Bárbara e, no Santuário Santa Teresinha em Cerqueira César, auxiliando Monsenhor Edmilson José Zanin. 

O segundo grau da Ordem, o presbiterato, é o grau em que o Diácono ministerial se torna padre pelas mãos do bispo diocesano e oração consecratória. O padre é auxiliar do bispo nas paróquias da diocese. Exerce o seu ministério seguindo as orientações da Igreja e em comunhão e obediência ao bispo. Vive o celibato e oferece o sacrifício da missa para a santificação do Povo e no serviço pastoral nas comunidades onde fora designado pelo bispo diocesano. 
Foto: Carlos Alves (Pascom Igaraçu)

Neste início de ano, o presbitério de Botucatu está ganhando dois padres para auxiliar o nosso arcebispo nas comunidades paroquiais de Rubião Júnior e Igaraçu do Tietê. Trata-se de Ivonil Parraz que foi ordenado no dia 20 de janeiro de 2012 em Ourinhos pelas mãos de Dom Mauricio e que vai desenvolver o seu ministério sacerdotal nas Paróquias Santo Antônio em Rubião Júnior e Nossa Senhora do Rosário de Fátima em Botucatu ajudando o Cônego Joinville Antônio de Arruda. 

O pe. Ivonil trabalhou muitos anos no Seminário Sagrado Coração de Jesus e na Faculdade “João Paulo II” ambos em Marília. E continuará desenvolvendo o seu oficio de professor na Faculdade “João Paulo II” formando os futuros sacerdotes de nossa Província Eclesiástica. 
Foto: Carlos Alves (Pascom Igaraçu)

O diácono Lúcio Bento de Souza, que será ordenado padre no dia 27 de janeiro na Catedral de Botucatu, às 19h30 por Dom Maurício e auxiliará o Pe. Valter Jeremias na Paróquia São Joaquim em Igaraçu do Tietê. O Diácono Lúcio estava desenvolvendo o seu diaconato na Catedral de Botucatu, ajudando o Cônego Emerson Rogério Anizi e o pe. Nelson Brechó da Silva nas atividades pastorais da Catedral.

O terceiro grau da Ordem é o episcopado. O padre que é eleito bispo da Igreja para governá-la e ensiná-la o caminho da salvação. O bispo é sucessor dos Apóstolos e zela pela doutrina da Igreja transmitida por esses seguidores diretos de Jesus. Nosso arcebispo dom Maurício, foi ordenado bispo em 31 de julho de 1999 e atual como bispo coadjuntor em Assis auxiliando Dom Antonio de Souza no governo nessa diocese.  Dom Mauricio assumiu a nossa arquidiocese no dia 15 de fevereiro de 2009, está prestes a comemorar 3 anos no governo de nossa arquidiocese.

Demos graças a Deus pelas três vocações ao sacramento da Ordem em nossa Arquidiocese que tanta necessita. Rezemos a Sant´ Ana para que mantenha esses nossos irmãos no caminho do serviço do Reino e do Povo de Deus. Que a Virgem Maria, mãe dos Sacerdotes interceda junto de Jesus, o Sumo e Eterno Sacerdote da Nova Aliança, a fim de que desenvolvam o seus ministérios segundo o Cristo Bom Pastor e servidor de todos. Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo.

Paróquia São Pedro e São Paulo realiza missa em ação de graças á São Francisco de Sales



domingo, 22 de janeiro de 2012

Setor Juventude-Arquidiocese de Botucatu

Caríssimos Jovens,

É com alegria que vimos divulgar o Eco-cristianismo: ciclo de formação sobre Meio Ambiente! Em 2011 foi firmado um convênio pelo presidente do Regional Sul 1, Dom Nelson Westrupp, scj (CNBB) e o Secretário do Meio Ambiente (do Estado de São Paulo), Bruno Covas.

“Nosso apelo é de que todas as pessoas de boa vontade e de coração sensível olhem para a natureza e se tornem verdadeiros defensores da vida ameaçada em todos os recantos do planeta. O convênio hoje assinado se traduza em vontade política e moral de salvar o planeta enquanto for tempo” (Dom Nelson).

A ideia é disseminar conceitos ligados a boas práticas ambientais com o intuito de melhorar o comportamento socioambiental da sociedade paulista para a melhoria de sua qualidade de vida e conservação dos recursos naturais para as futuras gerações.

“Nosso convênio visa a conservar, cuidar e proteger melhor o Planeta e o meio ambiente. Nesse sentido, gostaria de recordar nesse momento um pensamento do Papa Bento XVI: “Com grande generosidade, Deus confiou-nos o mundo que criou. Urge aprender a respeitá-lo e a protegê-lo”. Respeitar e proteger melhor, ter mais cuidado e carinho para com nosso planeta, eis aí um grande desafio para todos nós”. (Dom Nelson).

O Projeto da Arquidiocese de Botucatu esta dividido em 3 fases:
1ª fase: Encontros de formação
2ª fase: A prática
3ª fase: Passeios

Nosso primeiro encontro será dia 4 de fevereiro (sábado), no Centro Pastoral(Atrás da Catedral) em Botucatu, Com inicio as 9:00 e término as 16:00.
O segundo encontro dia 18 de março (domingo), com inicio as 9:00 na paróquia Sagrado Coração de Jesus, e passeio a tarde, com termino previsto para as 16:00.
Os demais passeios serão combinados com os participantes.

Danielle Casonato
Presidente do Setor Juventude Arquidiocesano

Silvia Gabriel
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo



Dom Maurício Grotto de Camargo
Arcebispo de Botucatu 

Conheça a Programação desse grande evento juvenil

Sábado, 4 de fevereiro.

Programação
Eco-Cristianismo:Protagonismo Ambiental


– Cento Pastoral, das 9:00 as 16:00
Almoço a parte.

Domingo, 18 de março.
 – Paróquia Sagrado Coração de Jesus das 9:00 as 12:00
- Passeio: Escola do Meio Ambiente, das 13:30 as 16:00

Sábado, 14 de abril.
- Passeio Jardim Botânico e Zoológico de São Paulo.

Sábado e Domingo, 16 e 17 de junho.
- Viagem a um parque ecológico do Estado de São Paulo.

Sexta, Sábado e Domingo, 7, 8 e 9 de setembro
- Viagem a uma praia (reserva ambiental) do Estado de São Paulo.

- Haverá despesas apenas para as viagens e passeios, os quais serão explicados na primeira palestra, dia 4 de fevereiro.

Maiores informações pelo e-mail: danycasonato@estadao.com.br

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial dos Enfermos 2012


Qua, 04 de Janeiro de 2012 09:38 / Atualizado - Qua, 04 de Janeiro de 2012 11:02 por: cnbb 

Foi publicada ontem, 3, a Mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial do Enfermo 2012, dia 11 de fevereiro próximo, data em que a Igreja celebra em seu calendário litúrgico Nossa Senhora de Lourdes. O documento tem como tema "Levanta-te e vai; a tua fé te salvou!", extraído do Evangelho segundo São Lucas (17, 19).

“Os doentes e os que sofrem encontrem na fé uma âncora segura”, é o desejo do Santo Padre que em sua Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo ressalta que "quem crê jamais está sozinho".

O papa dirige-se com palavras de particular proximidade aos doentes e aos sacerdotes, que dão assistência espiritual nos hospitais, chamados a se sentirem "verdadeiros ministros dos enfermos". O Sumo Pontífice reitera que, a exemplo de Cristo, os fiéis são chamados a acolher toda vida humana, particularmente se “frágil e enferma", e a curvar-se "sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para curá-los".

Bento XVI destaca também os "Sacramentos de Cura", ou seja, da Penitência e da Reconciliação e sobre o Sacramento dos Enfermos, que alcançam seu natural cumprimento na Comunhão Eucarística. “Sacramentos que iluminam o binômio entre saúde física e renovação das dilacerações da alma".

“Quem na doença invoca o Senhor certo de que o Seu amor jamais o abandona e de que também jamais falta o amor da Igreja. No Sacramento da Penitência, na medicina da confissão, a experiência do pecado não degenera em desespero, mas encontra o amor que perdoa e transforma", escreve o papa.

Por isso, o momento do sofrimento ao invés de ser motivo de desespero, pode "transformar-se tempo de graça para voltar-se para si mesmo, repensar a própria vida e nos próprios erros, como o filho pródigo”, diz um trecho do texto.

Depois, faz votos de que seja valorizado o Sacramento da Unção dos Enfermos, que não deve ser considerado "quase um sacramento menor em relação aos outros". Pelo contrário, reitera o Pontífice, este Sacramento "merece hoje uma maior consideração, quer na reflexão teológica, quer na ação pastoral para com os doentes".

Por fim, a mensagem evidencia a importância da Eucaristia. “Recebida no momento da doença contribui de modo singular para realizar tal transformação associando o enfermo à oferta que Jesus fez de si mesmo ao Pai para a salvação de todos".

Daí, a exortação a toda a comunidade eclesial e, em particular, às paróquias, a fim de que estejam atentas em assegurar aos doentes e anciãos a possibilidade de receberem com frequência a Comunhão Eucarística.

Leia a íntegra da Mensagem do papa para o Dia Mundial do Enfermo 2012:

Queridos irmãos e irmãs,

Por ocasião do Dia Mundial do enfermo, que celebraremos no próximo dia 11 de fevereiro de 2012, memória da beata Virgem de Lourdes, desejo renovar a minha proximidade espiritual a todos os enfermos que se encontram nos locais de reabilitação e são acolhidos nas famílias, exprimindo a cada um a solicitude e afeto de toda a Igreja. Na colhida generosa e amorosa de toda vida humana, sobretudo daquela fraca e e doente, o cristão exprime um aspecto importante do próprio testemunho evangélico, sob o exemplo de Cristo, que inclinou-se sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para curá-lo.

Neste ano, que constitui a preparação mais próxima do solene Dia Mundial do enfermo que se celebrará na Alemanha no dia 11 de fevereiro de 2013 e que se deterá sobre a emblemática figura evangélica do samaritano (Lc 10, 29-37), gostaria de destacar os Sacramentos da Cura, isto é, o sacramentos da penitência e da reconciliação e da unção dos enfermos, que possuem seus naturais cumprimentos na comunhão eucarística.

O encontro de Jesus com os dez leprosos, narrado no Evangelho de São Lucas (Lc 17, 11-19), em particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou!” (v.19), ajudam a tomar consciência da importância da fé daqueles que, agravados pelo sofrimento e pela doença, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele podem experimentar realmente que quem crê não está nunca sozinho. Deus, de fato, no seu Filho, não nos abandona em nossas angústias e sofrimentos, mas nos é próximo, nos ajuda a leva-los e deseja curar no profundo o nosso coração (Mc 2, 1-12).

A fé daquele único leproso que, vendo-se curado, cheio de admiração e alegria, diferente dos outros, retorna imediatamente a Jesus para manifestar o próprio reconhecimento, demonstra que a saúde reconquistada é sinal de algo mais precioso que a simples cura física, é sinal da salvação que Deus nos doa através de Cristo; a mesma encontra expressão nas palavras de Jesus: a tua fé te salvou. Quem, no próprio sofrimento e doença invoca o Senhor é certo que o Seu Amor não nos abandona nunca, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da sua obra salvífica, não deixa de ser manifestado. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela assim a importância que o homem na sua integralidade de alma e corpo representa para o Senhor. Todo Sacramento exprime e atua a proximidade de Deus, o qual, em modo absolutamente gratuito nos toca por meio das realidades materiais, que Ele assume ao seu serviço, fazendo disso instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo (Homilia Santa Missa do Crisma, 1 de abril de 2010). “A unidade entre criação e redenção se tornam visíveis. Os Sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé que abraça corpo e alma, o homem inteiro” (Homilia Santa Missa do Crisma, 21 de abril de 2011)

A missão principal da Igreja é certamente o anúncio do Reino de Deus, 'mas exatamente esse anúncio deve ser um processo de cura', enfaixar as chagas dos corações partidos (Is61,1), segundo o encargo confiado por Jesus aos seus discípulos. (Luc 9, 1-2; Mt 10,1.5-14; Mc 6, 7-13. O binômio entre saúde física e renovação das dilacerações da alma nos ajuda, portanto, a compreender melhor os Sacramentos da cura.

O  Sacramento da Penitência já esteve por diversas vezes no centro das reflexões dos Pastores da Igreja, exatamente por causa da grande importância no caminho da vida cristã, a partir do momento que todo o valor da Penitencia consiste no restituir-nos à graça de Deus unindo-nos a Ele em íntima e grande amizade (Catecismo da Igreja Católica, 1468). A Igreja, continuando o anúncio do perdão e da reconciliação ressoado por Jesus, não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho. Esse é o apelo do apóstolo Paulo: “Em nome de Cristo, sejamos embaixadores: através de nós é o próprio Deus que exorta. Vos suplicamos em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus (2Cor 5,20). Jesus, na sua vida, anuncia e torna presente a misericórdia do Pai. Ele veio não para condenar, mas para perdoar e salvar, para dar esperança também na escuridão mais profunda do sofrimento e do pecado, para doar a vida eterna; assim no Sacramento da Penitência, no remédio da confissão, a experiência do pecado não degenera em desespero, mas encontra o Amor que perdoa e transforma (João Paulo II, na Exortação Apost. Pós Sinodal reconciliação e Penitência, 31)

Deus, rico em misericórdia (Ef 2,4), como o pai na parábola evangélica (Lc 15, 11-32), não fecha o coração a nenhum dos seus filhos, mas os espera, os procura, os atinge onde a rejeição da comunhão aprisiona no isolamento e no desespero, pode transformar-se assim em tempo de graça para entrar em si mesmos, e como o filho prodigo da parábola, repensar na própria vida, reconhecendo os erros e faltas, sentir a saudade do abraço do Pai e repercorrer o caminho em direção à sua Casa. Ele, no seu grande amor, sempre olha nossa existência e nos espera para oferecer a cada filho que volta para Ele, o dom da plena reconciliação e da alegria.

Pela leitura dos Evangelhos, emerge clamaramente como jesus tenha mostrado particular atenção aos enfermos. Ele não somente inviou os discípulos a curar-lhes as feridas (Mt 10, 8; Luc 9,2; 10,9), mas também instituiu para eles um sacramento específico: a Unção dos Enfermos. A carta a Tiago, atesta a presença desse gesto sacramental já na primeira comunidade cristã (5, 14-16): com a Unção dos enfermos, acompanhada pela oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os enfermos ao Senhor sofredor e glorificado, a fim que alivie suas penas e os salve, e ainda os exorta a unirem-se espiritualmente à paixão e à morte de Cristo, para contribuir ao bem do Povo de Deus.

Tal Sacramento nos leva a contemplar o dúplice mistério do Monte das Oliveiras, onde Jesus se encontrou dramaticamente diante da via indicada pelo Pai, aquela da Paixão, do supremo ato de Amor, e a acolheu. Naquela hora de prova, Ele é o mediador, transportando em si, assumindo em si o sofrimento e a paixão do mundo, transformando-a em grito em direção a Deus, levando-a diante dos olhos e nas mãos de Deus, e assim, levando-a realmente ao momento da redenção (Lectio Divina, Encontro com o Clero de Roma, 18 de fevereiro de 2010). Mas o orto das oliveiras é também o lugar do qual Ele elevou-se ao Pai, e é também o lugar da redenção. Este dúplice Mistério do Monte das Oliveiras é também sempre ativo no óleo sacramental da Igreja, sinal da bondade de Deus que nos toca (Homilia, Santa Missa do Crisma, 1 de abril de 2010). Na unção dos enfermos, a matéria sacramental do óleo nos vem oferecida, por assim dizer, como remédio de Deus, que agora nos torna certos da sua bondade, nos deve reforçar e consolar, mas que, ao mesmo tempo, além do momento da doença, nos traz a cura definitiva, a ressurreição (Tiag 5, 14)

Esse Sacramento merece hoje uma maior consideração, seja na reflexão teológica, seja na ação pastoral junto aos doentes. Valorizando os conteúdos da oração litúrgica que se adaptam às diversas situações humanas ligadas à doença e não somente quando se está no fim da vida (Catecismo da Igreja Católica, 1514), a unção dos enfermos não deve ser tida como um 'sacramento menor' em relação aos outros. A atenção e o cuidado pastoral em relação aos enfermos, se de um lado é sinal da ternura de Deus para quem está no sofrimento, por outro lado traz vantagem espiritual também aos sacerdotes e à toda a comunidade cristã, na consciência que quando algo é feito ao mais pequeno, é feito ao próprio Jesus (Mat 25,40).

A propósito dos Sacramentos da Cura, Santo Agostinho afirma: “Deus cura todas as suas enfermidades. Não temais portanto: todas as suas enfermidades serão curadas. Tu deves somente permitir que Ele te cure e não deves rejeitar as suas mãos” (Exposição sobre o Salmo 102). Se trata de meios preciosos da Graça de Deus, que ajudam o enfermo a conformar-se sempre mais plenamente com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. Junto a esses dois sacramentos, gostaria de sublinhar a importância da Eucaristia. Recebida no momento da doença, contribui em maneira singular, a operar tal transformação, associando quem se nutre do Corpo e do Sangue de Jesus à oferta que Ele fez de Si mesmo ao Pai para a salvação de todos. Toda a comunidade eclesial e as comunidades paroquiais em particular, prestem atenção em assegurar a proximidade com frequência da comunhão sacramental a aqueles que, por motivos de saúde e de idade, não podem chegar aos locais de culto. Em tal modo, a estes irmãos e irmãs será oferecida a possibilidade de reforçar o relacionamento com Cristo crucificado e ressuscitado, participando, com a vida oferecida por amor de Cristo, à própria missão da Igreja. Nesta prospectiva, é importante que os sacerdotes que prestam suas delicadas obras nos hospitais, nas casas de reabilitação e junto às habitações do doentes, se sintam verdadeiros ministros dos enfermos, sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve chegar a cada homem marcado pelo sofrimento (Mensagem para a XVIII Dia Mundial dos Doentes, 22 de novembro de 2009).

A conformação ao Mistério pascal de Cristo realizada também mediante a prática da Comunhão espiritual, assume um significado particular quando a Eucaristia é ministrada e acolhida como viático. Naquele momento da existência ressoam em modo ainda mais incisivo as palavras do Senhor: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6,54). A Eucaristia, de fato, sobretudo como viático é, segundo a definição de Santo Inácio de Antioquia, remédio de imortalidade, antídoto contra a morte, sacramento da passagem da morte para a vida, deste mundo ao Pai, que a todos espera na Jerusalém celeste.

O tema desta mensagem para a 20ª Dia Mundial do enfermo, “Levanta-te e vai, a tua fé te salvou”, olha também para o próximo 'Ano da fé” que iniciará em 11 de outubro de 2012, ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé, para aprofundar os conteúdos e para testemunhá-la na vida de cada dia. (Carta Apostólica Porta da fé, 11 de outubro de 2011). Desejo encorajar os doentes e sofredores a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, pela oração pessoal e pelos Sacramentos, enquanto convido os Pastores a serem sempre mais disponíveis para as celebrações aos enfermos. Sob o exemplo do Bom pastor e como guias do rebanho confiado a Eles, os sacerdotes sejam cheios de alegria, atenciosos com os mais fracos, os simples, os pecadores, manifestando a infinita misericórdia de Deus com as palavras seguras da esperança (Santo Agostinho, carta 95)

A todos os que trabalham no mundo da saúde, como também as famílias que nos próprios parentes veêm o rosto sofrido do Senhor Jesus, renovo o meu agradecimento e da Igreja, porque, na competência profissional e no silencio, mesmo sem proferir o nome de Cristo, o manifestam concretamente (Homilia, Santa Missa do Crisma, 21 de abril de 2011)

A Maria, Mãe da Misericórdia e saúde dos enfermos, elevamos o nosso olhar confiante e a nossa oração, à sua materna compaixão, vivida ao lado do Filho que morria na cruz, acompanhe e sustente a fé e a esperança de cada pessoa doente e sofrida no caminho da cura das feridas do corpo de do Espirito.

A todos asseguro a minha recordação na oração, enquanto dirijo a cada um uma especial benção apostólica.

Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/internacional/8429-mensagem-do-papa-bento-xvi-para-o-dia-mundial-dos-enfermos-2012

Santa Sé dá indicações sobre o Ano da Fé


Sex, 06 de Janeiro de 2012 09:35 por: cnbb

Nesta quinta-feira, 5, a Santa Sé divulgou um comunicado que antecipa o conteúdo da nota que dará indicações sobre o Ano da Fé. Instituído pelo papa Bento XVI por meio da Carta Apostólica Porta Fidei, o Ano da Fé terá inicio no dia 11 de outubro desse ano e terminará no dia 24 de novembro de 2013.

O comunicado lembra ainda que o Ano da Fé coincide com o 50º aniversário do Concilio Vaticano II, que a partir da luz de Cristo quis aprofundar a íntima natureza da Igreja e o seu relacionamento com o mundo contemporâneo. Depois do Concílio, a Igreja se empenhou na recepção e aplicação do seu rico ensinamento, em continuidade com toda a tradição, sob a orientação segura do Magistério.

“Para facilitar a execução adequada do Concílio, os Sumos Pontífices convocaram várias vezes o Sínodo dos Bispos propondo à Igreja orientações claras por meio de diversas Exortações apostólicas pós-sinodais. A próxima Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, no próximo mês de outubro, terá como tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, esclareceu o comunicado da Santa Sé.

Em sua introdução, a nota confirma que “o Ano da fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé, a fim que todos os membros da Igreja sejam testemunhas credíveis e alegres do Senhor ressuscitado, capazes de indicar a tantas pessoas que buscam a porta da fé”.

O texto enfatizou também que durante o Ano da Fé o papa deseja colocar em foco o encontro com Jesus e a beleza da fé Nele.

“Com a promulgação de tal Ano, o Santo Padre tem a intenção de colocar ao centro das atenções eclesiais aquilo que, desde o início de seu Pontificado, lhe está mais ao coração: o encontro com Jesus Cristo e a beleza da fé Nele. Por outro lado, a Igreja está bem ciente dos problemas que hoje a fé deve enfrentar e sente quanto é atual a pergunta que Jesus mesmo fez: ‘Quando, porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?’ (Lc 18, 8), destacou o comunicado.

A nota com as indicações para o Ano da Fé será divulgada no próximo sábado, 7, e será composta por uma introdução e algumas indicações pastorais.

As indicações pastorais da nota terão a intenção de favorecer “seja o encontro com Cristo por meio de autênticos testemunhos de fé, seja o conhecimento sempre maior dos seus conteúdos”. O comunicado desta quinta-feira ressaltou que estas indicações pastorais, por sua vez, não pretendem excluir outras propostas que o “Espírito Santo quiser suscitar” entre os membros do clero e os fiéis nas várias partes do mundo.

Secretaria especial e site para o Ano da Fé

“Junto ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização será instituída uma especial Secretaria para o Ano da Fé para coordenar as diversas iniciativas propostas pelos vários Dicastérios da Santa Sé ou qualquer evento de relevância para a Igreja”. O comunicado esclareceu ainda que esta secretaria “poderá também sugerir propostas para o Ano da Fé” e disporá de “um site especial a fim de oferecer cada informação útil” sob esse aspecto.

Por fim, a Santa Sé salientou também que as indicações oferecidas na nota têm o objetivo de convidar cada membro da Igreja a empenhar-se no Ano da Fé para redescobrir e “dividir aquilo que o cristão tem de mais precioso: Cristo Jesus, Redentor do homem, Rei do Universo, ‘autor e consumador da fé’ (Heb. 12: 2)”.

Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/internacional/8440-santa-se-da-indicacoes-sobre-o-ano-da-fe